Será que a Competição Gera Diversão?
Muitos jogadores sempre quiseram se especializar e tornarem-se profissionais do jogo.
Mas será que ser um jogador profissional é realmente algo divertido?
Será que para um jogo ser bom ele precisa ofertar uma modo competitivo bom?
A Blizzard sempre teve um discurso que ela oferecia um jogo para a comunidade, e a mesma que decidia se este mesmo era competitivo ou não.
Mas parece que o jogo mudou.
Com as mudanças no cenário do e-sports, este é um fator cada vez mais frequente e relevante nos jogos.
Então vamos analisar um pouco sobre o que temos hoje de opção em cima dos jogos da Blizzard.
Começamos pelos mais antigos (não necessariamente em ordem cronológica).
Competição Gera Diversão? – Diablo
Diablo chegou em sua sua terceira versão com uma apresentação digna de fazer muito marmanjo chorar.
Lembro que naquela época poder ver personagens tão épicos interagindo com os cenários me emocionou. E de lambuja, logo depois, fomos apresentados à um modo arena que nunca foi para frente.
Então, se você quer competitividade no Diablo, contente-se em seguir fazendo fendas altas e tendo seu nome exposto no rank apenas.
Aquela possibilidade de matar os “amiguinhos” no Jogador X Jogador foi mais que esquecida pelos que vemos até hoje.
Competição Gera Diversão? – StarCraft
O tão esquecido no Brasil Starcraft tem um competitivo capaz de invejar muito MOBA na terra dos olhinhos puxados.
Chegamos até umas brincadeiras que na Coréia, para você pedir uma mulher em namoro, tem que ganhar do pai dela no Starcraft.
Canais de e-sports transmitem 24 horas por dias partidas deste tão famoso jogo.
Aqui no Brasil Starcraft tem um papel até bem legal, porém merecia mais.
Ainda estamos muito atrás em número de jogadores e sucesso nacional para este jogo de estratégia.
Competição Gera Diversão? – World of Warcraft
Warcraft veio mudando ao logo do tempo.
Enquanto era um jogo de estratégia, sua competitividade era mais acirrada, mas depois que virou um MMORPG sempre andou com uma pedra no calcâneo.
Dificuldade de balanceamento por causa de PvP e PvE sempre foi uma reclamação frequente dos jogadores.
Sem contar que em todos as expansões até agora, sempre temos algo em torno de 70% de novidades para o PvE e 30% para o PvP (quando chegamos à atingir este nível).
Desta vez a Blizzard promete um balanceamento mais ajustado com talentos específicos de PvP além de sistema numérico de dano diferenciado ao atacar outros jogadores.
Pode ser o tão esperado balanceamento que um dia pedimos.
Competição Gera Diversão? – HearthStone
O jogo de cartas preferido de uma grande parte dos jogadores que nos acessam chegou como uma novidade que logo estourou em sucesso. Hearthstone continua “top da balada” com um sistema competitivo divertido de assistir.
Já vi relatos de jogadores comentando que preferem assistir campeonatos de HS que jogar o jogo.
As frequentes expansões e patchs trazem mudanças efetivas no meta fazendo com que os jogadores mantenham-se interessados pelo jogo mais tempo.
Competição Gera Diversão? – Heroes of the Storm
Ah, o Heroes. Este chegou com cara de campeão mas vem descendo ladeira abaixo desde o lançamento (tem gente que comenta que está no Beta até hoje).
O grande diferencial dos mapas e objetivos aliados à heróis muito queridos da comunidade não foi suficiente para manter este jogo frente-a-frente com seus concorrentes.
Reclamações frequentes dos jogadores sobre o MMR, liga heroica dentre outros acabaram por “sujar” um pouco a moral do jogo.
Competição Gera Diversão? – Overwatch
Por último, mas não menos importante, Overwatch chegou “abalando geral”.
Com excelentes notas garantidas em sites especializados de jogos, este FPS traz como novidade um sistema de heróis únicos que não podem ficar trocando de arma (com raras exceções não é Mercy?).
Seu sistema de partidas rápidas traz no resultado uma ótima opção para quem quer apenas divertir-se.
Os resultados dos melhores jogadores são mostrados, mas você não é punido por ter jogado mal naquela partida. Agora o competitivo já foi outro esquema.
Troll associados com caimentos frequentes dos jogadores acabaram por desanimar alguns jogadores a exercerem este modo.
Mas ainda estamos muito no início. Muito água ainda vai rolar.
Competição Gera Diversão? – Considerações Finais
Depois de todo este #textão, vamos voltar e tentar responder as questões iniciais.
Afinal de contas, ser um jogador profissional é realmente algo divertido?
Uma coisa seria você jogar 10 partidas de Overwatch sendo que depois de cansar de tanto perder acabar por mudar de jogo.
Outra coisa seria você jogar entre 8 a 10 horas do jogo por dia com a cobrança de dar seu máximo o tempo todo.
Sabe aquele dia que você está cansado e não quer voltar no seu “joguinho de origem”. Este dia não existe para um jogador profissional.
E para fechar, um jogo precisa de um competitivo bom para ser um ótimo jogo?
Vou deixar para você uma conversa que tive com um grande amigo meu que é “entendido do jogo”:
_ Você ainda está jogando DOTA?
_ Nem louco, apenas me foco nos campeonatos. Dota é um jogo com uma competitividade excelente mas que não é divertido de se jogar.
Vale lembrar ainda que muitos jogos de video-games por exemplo são excelentes e não apresentam nenhuma opção de competitividade dentro do mesmo.
É meu camarada, ofertar entretenimento não é uma coisa muito fácil.
Talvez por isso tenhamos alguns jogos sendo cancelados mesmo antes do lançamento.
O limiar de diferença entre um jogo que faz muito sucesso e um que acaba fracassando às vezes pode ser muito tênue.
Enfim, esta foi apenas uma reflexão em cima de várias coisas que ando vendo na internet.
Espero que tenham curtido.
Até a próxima.